Em um dos momentos mais marcantes da política portuguesa, até este momento do ano, foi o encontro do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, com o chefe do Governo Espanhol, Mariano Rajoy, este encontro tem importância não apenas para Portugal e Espanha como estados soberanos independentes, mas envia uma mensagem clara para o mundo, do desejo de uma Europa mais unida.
Durante o encontro o Presidente e o chefe de Governo conversaram sobre seus respectivos papéis na economia da península ibérica e seu peso político na União Europeia. A declaração de maior peso durante o encontro foi dada pelo Presidente português ao dizer:
“O mundo precisa de uma Europa forte, e não há uma Europa forte se não houver, como há, esta força conjunta de Espanha e de Portugal, de Portugal e Espanha, que é um fator determinante”
A declaração conjunta, fortaleceu o papel dos dois países que pretendem trabalhar por uma europa mais forte sem se esquecer das necessidades particulares de cada nação. Através da declaração o Presidente ainda afirmou que as relações entre Portugal e Espanha devem servir de norte para os rumos que se querem dar à União Europeia, salientando os fortes laços culturais e econômicos que unem os dois países e que estes laços devem se estender por todos países pertencentes ao território europeu.
Trabalhar por uma Europa mais forte é trabalhar por nações europeias mais fortes e com maior união. No encontro ainda se destacou o papel do presidente do Eurogrupo e do vice presidente do banco central europeu, como a imagem que mais fala sobre as relações entre os dois países ibéricos, referindo-se ao presidente do eurogrupo Mário Centeno e ao vice presidente do BCE Luis de Guindos. Em tal cenário com a saída do Reino Unido da UE, esta declaração conjunta marca uma posição pró-europa dos dois países, e sinalizando através dos dois postos importantes ocupados no governo de Bruxelas o peso que as duas nações têm e das suas respectivas contribuições para a criação de um estado europeu cada vez mais forte e coeso econômica e politicamente, sem esquecer as particularidades de cada nação que o compõem.
Mais do que uma visita diplomática a ida do Presidente de Portugal à Espanha, quer mostrar ao mundo uma imagem forte de dois estados soberanos, que buscam em conjunto estar alinhados à nova conjuntura planetária, na qual a globalização, apesar de causar medo, não pode ser parada em vistas de medos sem fundamentos e de fantasmas passados, tais como o nacionalismo, que causou estragos incalculáveis na vida de milhões em todo o mundo, além das perdas irreparáveis de vidas, que nenhum retrocesso pode fazer voltar. Pensar em um mundo unido, que preserve suas particularidades, eis o resumo da visita de Marcelo Rebelo de Sousa.